30.8.14

Simetrias, seios

Cortazar fala num poema da azul simetria dos teus seios. A citação é de memória e portanto falível. Todas as citações deviam ser assim: alteradas pelo tempo e pelas circunstâncias. Olho para a noite que à frente da minha janela combate as luzes da cidade e as de duas velas malcheirosas que pus no parapeito para me lembrar que nem tudo é bom sempre, mesmo que pareça; e penso na negra simetria da noite.

Não há simetrias negras. Há-as azuis e brancas, como as do mar e das vagas e do céu. E dos seios, claro.

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