20.8.14

Vida

Devo confessar uma coisa: hoje saí. Acabei de jantar - um jantar assim assim,  salvo pela garrafa de Carmenère - e vim ao Raimundo beber caipirinhas (sem açúcar) e fumar cigarros que compro avulso, como se fossem charutos -. O Raimundo (Senzala Bar) é o meu bar favorito da Praia Grande, a seguir ao Bar do Porto. Mas hoje é terça-feira e o Porto está fechado. Além disso tinha que vir ao Raimundo. Gestão de presenças, ausências e conteúdos. A caipirinha do Senzala não só é boa como é a maior da Praia. Já lá não vou há muito tempo, o que torna embaraçosos (para mim) os nossos encontros quotidianos na rua.

A música - resultado de um acordo entre o Raimundo e a Tia Dica - é uma merda inqualificável.

A vulgaridade desce (ou sobe) a níveis tais que deixa de ser vulgaridade.  É uma espécie de vulgaridade destilada,  vulgaridade pura, invulgaridade.

Bebo caipirinhas,  fumo cigarros e penso na morte.  Curioso, não é? Isto é a vida.

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