Vamos então começar. Um rio começa pela nascente. E que é agora a nascente? A noite, a vela de citronelle com a qual tento enganar os mosquitos, a música de Gould com a qual tento enganar a noite?
Não sei. Penso numa cidade com as ruas vazias e a lua apagada. A lua nova sempre se prestou a estes exercícios, e basta pensar nela - mesmo estando nós em pleno crescente - para imaginar esta cidade sem luz.
Estamos em crescente. Daqui a quatro dias vem uma lua cheia. Há sempre uma lua cheia depois de uma nova.
O ideal, claro, seria que houvesse uma nova depois de cada cheia. Mas não há. Sizígia é a palavra chave: oposição ou conjunção são descritas pelo mesmo termo.
Nada há de novo, nada do que tenha sido desaparece ou aparece se não tiver existido antes.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.