Estou eufórico. Extáctico. Não acredito. Comi uma fondue de queijo em San Andrés (o Lupita estava fechado). E como se isto não fosse exótico o suficiente discutia situacionismo com um imbecil e falava com uma pessoa que respeito sobre um escrevinhador português.
A modernidade é a época mais deliciosa que a humanidade jamais viveu. Penso no Renascimento, quando o homem voltou para o centro do mundo; ou no século XIX, o último século em que tudo era possível. Não se comparam a este final de século XX e princípio de XXI.
Nunca a humanidade foi tão acessível, tão presente, tão humana: falha e sublime, fraca e forte, humana e capaz das coisas mais sobre-humanas.
A fondue estava uma merda sem fim, é preciso reconhecer. Mas quem se preocupa com isso? Eu não. Lembro-me de todas as fondues exotéricas que já cozinhei - desde a de um palácio de um descendente de Talleyrand, nos arredores de Paris, para vinte pessoas em Junho até à de Maputo, passando por não sei quantas em barcos, casas, quintas - ...
Que se fodam as fondues. Que se fodam os imbecis, brasileiros ou não.
A modernidade é a coisa mais preciosa que a humanidade jamais inventou.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.