Dezasseis quilómetros numa hora e quase vinte minutos: a priori não há de que estar muito orgulhoso. Porém considerando que não deve haver, nesses quilómetros todos, nem metade de um plano a coisa - e o ego - compõem-se (para já não mencionar os pneus da burra, quase de tractor. Feitos para outros caminhos).
O passeio é bonito. Dá vontade de repetir, coisa que tenciono fazer todos os dias. É como se tivesse um Laser na garagem, mas sem necessidade de o aparelhar.
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Estar no campo sem dinheiro é como estar no mar, com ou sem ele. A diferença é que a horta está ao lado e a colecção é mais fiável do que a pesca.
Legumes frescos a menos de cinquenta metros, da terra para a panela - com uma breve passagem pelo lava-loiça -. Os macrobióticos e os seus quinze quilómetros bem podem ir passear. (Verdade que o tinto vem de um bocadinho mais longe - é do Alentejo -. Não se pode ter tudo. Já basta ser bom).
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Descubro Portugal com os mesmos prazer, espanto e energia com que exploro um outro país qualquer. Há uma vantagem - a língua - e uma desvantagem. Mas esta fica para depois. Por agora trata-se de descobrir e desfrutar, duas acções que andam ou deviam andar sempre juntas.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.