É domingo e é Lisboa: a Almirante Reis praticamente vazia, as margens do Tejo cheias, o Gonçalo Marques no Tati, cada vez melhor. Sol, vento, calor e tudo azul, tudo bonito, como um dia que começa por uma longa descida de bicicleta quase sem automóveis a chatear, o vento da velocidade e o do Norte a anularem-se mutuamente, o azul do céu a reflectir-se no preto do alcatrão, de tão denso.
Não percebo nada de felicidade. Ignoro-lhe as qualidades e características intrínsecas, tudo o que está para além (ou aquém) do bem que nos faz. Admiro-lhe a paciência, a generosidade e - sobretudo - a resiliência: não há buraco na minha vida que ela não cubra com um manto leve, no limite do perceptível.
E gabo-lhe a frugalidade: uma avenida vazia, um dia bonito e um músico talentoso mantêm-na viva por semanas, provavelmente.
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Segunda-feira nas margens do Zêzere: o silêncio feito rio, a beleza estradas municipais e caminhos florestais.
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O Tsipras deve ter angariado um capital de simpatia pessoal inimaginável. Provavelmente, só terá igual na confiança que inspira.
Lamento não perceber porque não se demite e convoca novas eleições. Se calhar tem medo que os eleitores gregos aprovem de novo o golpe.
Porém se o fizesse teria os eleitores todos do resto da Europa com ele.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.