20.7.15

Mais ou menos, para sempre

E depois vem assim a noite (quero dizer, depois de um soberbo jantar) e vem Miles Davis e vem um novo bloco-notas lindo que me foi oferecido ontem e vem esta vontade de desejar que tudo se eternize. Tudo isto quero dizer o verão e a bicicleta e esta vista e esta casa e a música e a noite e o restaurante do senhor Brás.

Tudo isto assim mais ou menos devia prolongar-se sem mais nem menos, sem noite nem dia, sem fim nem princípio, sem nada mais nem menos: só isto, mais ou menos.

Tudo devia ser assim mais ou menos, para sempre. Mesmo sabendo que sempre não existe e mais ou menos sim.

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