Esta minha estadia em Copenhagen foi um sucesso parcial, mas teve a vantagem de me dar uma irreprimível vontade de cá voltar.
Ontem palmilhei horas ruas que se não estivesse tão carregado seriam magníficas, à procura de um hostel. Lá chegado, era preciso um cartão de crédito mesmo para as reservas pagas em dinheiro ao balcão. Voltei para trás, para o sítio de onde tinha saído.
O resultado final até foi bom: o hostel onde acabei por ficar era mais pequeno e simpático do que o primeiro e mais perto do restaurante Skindbuksen, onde fui jantar. Boa escolha, pela qual estou grato ao meu tripulante, que me deu a dica.
Depois dormi. O sono de quinze dias de mar. Estava sozinho na camarata, mas se lá houvese uma banda de jazz a tocar teria dormido na mesma.
Hoje a saga foi com a lavagem da roupa. Mas também acabou bem. Depois ajudar a mudar o S. da horrorosa marina onde estava para um lugar num canal do centro da cidade. Ao lado fica o Faerge Cafeen, onde agora escrevo e bebo Irish Coffee e oiço música e me pergunto se isto é uma vida, um sonho ou um pesadelo (é uma mistura dos três, claro. Mas a pergunta fica, para a retórica).
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Gosto destas cidades calvinistas, nas quais até a imponência é discreta.
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Hoje voo para Gatwick, onde passarei a noite - não no aeroporto, thanks goodness, mas num hotel, um hotel a sério, não um hostel -; amanhã de madrugada apanho um avião para Preveza, um porto na Grécia do qual vou levar uma embarcação de quarenta e dois pés para o sul de França.
A vida é um vício mortal; nem todos os vícios são maus.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.