No outro dia procurei-o e não o encontrei; hoje encontrei-o sem o procurar. Podia ser um desses já estafados koan zen, ou a epígrafe de um melodrama. Nada disso. Trata-se de um pequeno café perto do Mercado de Sta. Catalina. Chama-se, sei agora, Bar Junior. É um daqueles cafés antigos, cuja decoração deve ter a idade dos donos (um casal de setenta e alguns) e cujo "conceito" (entre aspas porque aposto que os senhores nunca pensaram sequer ter um "conceito") consiste simplesmente em servir os clientes o melhor possível a um preço que satisfaça ambas as partes.
Hoje comi lá umas almôndegas ("Duas ou três?" "Duas ou três". Vieram três, claro). Deliciosas, enormes - duas teriam chegado para o objectivo, que era dar-me combustível para chegar à 5ª Puñeta - num soberbo molho de tomate, sabia a tomate e a cebola e não tinha cozido demais. Mai-lo um copo de tinto: quatro euros.
¡Venga!
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O amor foi-se. Ficou-me a bicicleta. Melhor assim do que o contrário: antes sozinho do que apeado.
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Não largo muito provavelmente antes de terça-feira. Palma acolheu-me generosamente, desta vez. Mas enfim, forçoso é reconhecer que começa a ser tempo de me deixares ir, Palma. Desaperta um pouco, pode ser?
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.