Juntos, minha querida, perfazemos quase cem anos. O amor não devia ter grandes mistérios para nós. Tem, claro: cem anos é pouco, quase nada. Continuamos os ignorantes que éramos quando festejávamos os nossos cinquenta anos - nossos porque sempre somámos as idades, sempre fomos um, adicionámos tudo: dinheiro e sonhos, peles e olhares, idades e desejos -.
Vivemos cada um a sua vida e a vida de cada um de nós é a do outro: alquimia sem sentido, não é?
Ainda hoje ignoro como fizemos, como fazemos. Ainda hoje ignoro o que é o amor. Sei, como tu o que é a sua ausência: olhar para a vida e só ver metade dela.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.