O ódio que o italiano da cama de baixo tem por mim é visível ( e se calhar justificado, vá saber-se). É igualmente óbvio que eu não devo ser a única pessoa que ele odeia neste mundo.
Estou-me um pouco nas tintas. Isto é, os sofrimentos e raivas do senhor são-me profundamente indiferentes.
Interessam-me mais os meus e mesmo a esses atribuo pouco tempo e atenção. Suponho que seja da idade, não sei: os meus sei que passam mais tarde ou mais cedo, depressa ou devagar, com ou sem cicatrizes. Como não venho de outro planeta e não sou um mutante o mesmo se deve passar com os dos outros.
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No meio disto tudo a boa notícia é que a Ménière está bastante mais fraquinha.
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Há uma pergunta que todas as pessoas com a capacidade de amar embrulhada na camada de cicatrizes que a minha tem se devem fazer.
No meu caso a resposta é sim.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.