- Está frio. Tenho de me tapar. Felizmente um lençol chega. Descobri que os lençóis com elástico são ainda melhores para cima do que para baixo. Não nos deixam destapados. (O plural não é majestático nem adequado. Talvez empático. Ou enfático).
- Os ciclistas circulam pelos passeios. Faz sentido: há poucas faixas para bicicletas e nos passeios não há peões. É raro cruzar-me com alguém a pé .
Mas ontem passei por um cavalo. Ia pelo passeio, como eu. Monta western, elegante, confortável, com estribos que pareciam plataformas de petróleo e uma sela que não ficaria mal numa sala de estar à frente de uma lareira. O bicho era um bocadinho magro de mais para o meu gosto. Ultrapassei-os, disse-lhes olá, como é habitual aqui entre ciclistas (os do passeio. Os que andam pela rua cobertos de Lycra não dizem nada a ninguém). O cavaleiro respondeu-me com um aceno e um sorriso.
- Jantar no F.C. Carne de porco no forno com mostarda e salsa.O Ed gostou e eu que ele tivesse gostado. Falamos de tudo mas acabamos sempre na cozinha. Ed trabalhou muito em restaurantes, de empregado de mesa a cozinheiro. Cada vez que me lembro que "Os americanos não sabem comer" penso em Ed. Tem bom gosto, estudou teatro, cantou em coros, é um amador e conhecedor de vinhos. "Além de não saberem comer são incultos". Além de tudo cozinha bem.
Posso estar farto desta vida, mas enquanto me der a conhecer pessoas como o Ed estou-lhe grato. Para sempre.
- Ontem caí da bicicleta. Nada de grave, mas aterrei nos braços (felizmente. Significa que não caí desmaiado, como em Lisboa). Hoje mal os consigo mexer. Caí mais em 2016 do que nos anos todos entre 2000 e 2015: quatro vezes. Duas eu e duas a burra. Estas últimas não podem sequer classificar-se de quedas. Falhas de equilíbrio, digamos. Estava parada e desequilibrou-se. Eu caí porque estava em cima dela. Hoje não foi bem assim .
Travei bruscamente com os dois travões, a bicicleta parou e eu continuei. O arco de círculo que descrevi deve ter sido perfeito.
Um hino à inércia.
- Os ciclistas circulam pelos passeios. Faz sentido: há poucas faixas para bicicletas e nos passeios não há peões. É raro cruzar-me com alguém a pé .
Mas ontem passei por um cavalo. Ia pelo passeio, como eu. Monta western, elegante, confortável, com estribos que pareciam plataformas de petróleo e uma sela que não ficaria mal numa sala de estar à frente de uma lareira. O bicho era um bocadinho magro de mais para o meu gosto. Ultrapassei-os, disse-lhes olá, como é habitual aqui entre ciclistas (os do passeio. Os que andam pela rua cobertos de Lycra não dizem nada a ninguém). O cavaleiro respondeu-me com um aceno e um sorriso.
- Jantar no F.C. Carne de porco no forno com mostarda e salsa.O Ed gostou e eu que ele tivesse gostado. Falamos de tudo mas acabamos sempre na cozinha. Ed trabalhou muito em restaurantes, de empregado de mesa a cozinheiro. Cada vez que me lembro que "Os americanos não sabem comer" penso em Ed. Tem bom gosto, estudou teatro, cantou em coros, é um amador e conhecedor de vinhos. "Além de não saberem comer são incultos". Além de tudo cozinha bem.
Posso estar farto desta vida, mas enquanto me der a conhecer pessoas como o Ed estou-lhe grato. Para sempre.
- Ontem caí da bicicleta. Nada de grave, mas aterrei nos braços (felizmente. Significa que não caí desmaiado, como em Lisboa). Hoje mal os consigo mexer. Caí mais em 2016 do que nos anos todos entre 2000 e 2015: quatro vezes. Duas eu e duas a burra. Estas últimas não podem sequer classificar-se de quedas. Falhas de equilíbrio, digamos. Estava parada e desequilibrou-se. Eu caí porque estava em cima dela. Hoje não foi bem assim .
Travei bruscamente com os dois travões, a bicicleta parou e eu continuei. O arco de círculo que descrevi deve ter sido perfeito.
Um hino à inércia.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.