24.1.17

Diário de Bordos - Lisboa, 23-01-2017

Noite grande de grande poesia no cada vez maior Povo. Quem diria que uma prática começada em S. Luís do Maranhão com o meu amigo, irmão e mais Celso Borges - ler poesia em público - se tornaria tão vital em Lisboa?

Talvez a poesia seja a muralha que aguenta - afugenta - a acqua bassa. Isto é: impede a maré de baixar completamente. Talvez seja o antídoto, o remédio, profilaxia - tudo ao mesmo tempo, que a vida não se compadece com divisórias fantasmas -.

A poesia é de certeza a única coisa que impede o tempo de parar.

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Estou a tentar tão fortemente ficar em Portugal que corro o sério risco de conseguir.

Vai ser o primeiro inverno completo em seis anos. Sorte ser aqui. Imagine-se que era na Suíça, na Noruega, na Alemanha.

Por mais que a incensem a civilização não é tudo.

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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.