21.6.17

Confusão

Sei o que é confusão. Quando cheguei a Bujumbura vivi duas ou três semanas no meio de uma confusão indescritível. Uma delegação que se preparava para ser fechada  (com pompa e festejos) viu-se a braços com trezentos e sessenta mil refugiados em pouco mais de um mês.
Ninguém, nada estava preparado. Faltavam pessoal, material, equipamentos, linhas de comunicação, remédios, comida, água, camiões. As agências tinham enviado para o Burundi o pessoal de que dispunham, pouco e o mais das vezes impreparado (exceptuavam-se as que já lá estavam, mas mesmo assim com programas completamente diferentes).

Sei o que é confusão, quão fácil é fazer erros nessas circunstâncias. Não é a isso que atiro pedras. Tão pouco penso que se devem começar a atirar já. Mas que se devem preparar as fisgas disso não tenho dúvidas. 

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