14.7.17

Diário de Bordos - Genève, Suíça, 14-07-2017

Sexta-feira feira de Julho, feriado em França. O aeroporto de Genebra está a abarrotar pelas costuras.

Depois lembro-me que amanhã estará pior e tremo ainda mais. Não por mim, que estarei em Menorca a tomar posse do novo escritório, mas pelos desgraçados que terão de suportar estas intermináveis filas, este horror de rodas e de beijos.

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Pergunto-me se a dor na anca me dará direito ao canal prioritário e decido que não. Não vou dar-lhe essa honra. Desprezo-a e tudo o que quero é vê-la fora da minha vida e não lhe dever nada.

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Três meses de charter no Mediterrâneo Central (Baleares primeiro, depois Córsega e Sardenha) num ketch 65'.

Não é uma miserável dor de anca que vai chatear-me.

É não ser no Alentejo.

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Uma semana deitado num sofá por causa de uma puta de uma dor e nunca senti que não estava em casa.

Será que se pode adaptar às casas aquela velha piada do gajo que dizia "eu não tenho um carro, tenho uma frota de carros. Estão pintados de verde e preto". As minhas casas não são todas da mesma cor mas têm outro denominador comum.

Começa por A.

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Comprei uma série de livros (enfim, três) de místicas religiosas da Idade Média. Se um dia tiver de descrever o que sinto naqueles dias que precedem um embarque preciso de modelos apropriados.

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