Ora bolas. Não é com viagens assim que se conquistam donzelas. Nem uma baleia no esgoto do duche, golfinhos no convés, mastros a explodir, lemes a cair... Nada disso. Mar chão, vento ponteiro mas fraco como café americano... Nada que faça ressaltar a nossa coragem, sangue-frio, rapidez de raciocínio e por aí fora, nós outros tão fortes e bons e a natureza não colabora.
Antes assim: pelo menos telefones e computadores andam carregados. Não haverá histórias para contar mas podemos falar desta manhã tão bonita, S. Vicente a sair da bruma, a Pedra do Gigante de sentinela ao lado, o calor a querer furar o pouco que resta do frio da noite, que já foi pouco.
Perto do cabo o vento cresce um bocadinho. A ver o que faz depois. Se a previsão estiver correcta só lá para domingo teremos de parar, em Cartagena ou quase.
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Daqui a pouco deixamos de ver terra. Não estamos a mil milhas do porto mais próximo - os melhores lugares do planeta (desde que sejam no mar, claro) - mas com um pequenino esforço de imaginação podemos pensar que sim.
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Estar no mar é bom. O barco é pequeno e uma merda mas novo, o armador e a mulher muito mais agradáveis do que esperava. Há pouco vento e vamos a motor. É sempre assim: ou não há vento ou está contra... Escrevo isto e penso nos milhares de horas que passei com ventos bons, para ré do través. Foram muitas. Estou-me nas tintas para o motor. É da maneira que chego mais depressa à Palma da minha vida.
Antes assim: pelo menos telefones e computadores andam carregados. Não haverá histórias para contar mas podemos falar desta manhã tão bonita, S. Vicente a sair da bruma, a Pedra do Gigante de sentinela ao lado, o calor a querer furar o pouco que resta do frio da noite, que já foi pouco.
Perto do cabo o vento cresce um bocadinho. A ver o que faz depois. Se a previsão estiver correcta só lá para domingo teremos de parar, em Cartagena ou quase.
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Daqui a pouco deixamos de ver terra. Não estamos a mil milhas do porto mais próximo - os melhores lugares do planeta (desde que sejam no mar, claro) - mas com um pequenino esforço de imaginação podemos pensar que sim.
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Estar no mar é bom. O barco é pequeno e uma merda mas novo, o armador e a mulher muito mais agradáveis do que esperava. Há pouco vento e vamos a motor. É sempre assim: ou não há vento ou está contra... Escrevo isto e penso nos milhares de horas que passei com ventos bons, para ré do través. Foram muitas. Estou-me nas tintas para o motor. É da maneira que chego mais depressa à Palma da minha vida.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.