Quase pele, quase visível no horizonte. Estendo o braço. Volta com uma fruta, talvez uma maçã, uma pera, um dióspiro. "Meu fruto de morder, todas as horas" é o título mais bonito que conheço, categoria livros de poesia nos quais se pensa tarde na noite. "O sumo do fruto coagula nas mãos". Não tenho os meus livros, faltam-me tanto como a metade de dia que não vivi, a metade da vida que me espera pela metade, o quase que falta para completar o quase.
"Todos os meus livros tiveram um carácter de urgência", disse Al Berto pouco antes de morrer.
Vou dormir, descansado nesta urgência que partilho inteira.
Quase inteira.
"Todos os meus livros tiveram um carácter de urgência", disse Al Berto pouco antes de morrer.
Vou dormir, descansado nesta urgência que partilho inteira.
Quase inteira.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.