31.3.18

Certezas incertas

O vento, que era suposto cair cresceu. Já pouco falta para badanal. O P. dança como se não houvesse amanhã, abana-se, agita-se.

Comigo lá dentro, claro: agita-me sentimentos e pensamentos, palavras e exclamações, certezas e dúvidas. Aquilo de que sou feito, como se estivesse num shaker e o barman sofresse de Parkinson. Palavras encurraladas, sentimentos escondidos, certezas desabafadas. É Lua Cheia e eu, selenita encartado não sabia: os sintomas falam por si.

Das fragilidades fazer forças e não deixar nunca que estas se transformem em certezas; é esta a cama que um marinheiro faz e nela se deita, todos os dias. "São os capitães muito seguros de si que perdem os seus navios", disse um dos maiores de entre eles.

Não vou perder o meu próximo navio.

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