Está frio e é segunda-feira: o Moltabarra está vazio. Enfim, quase. É agradável, não aquela barulheira infernal dos fins-de-semana de Verão. Espero um dia ter um café, bar, qualquer coisa do género e deixar de gostar de bares vazios. Até lá continuarei a preferir sítios onde me oiço pensar.
Onde me ouviria pensar, se pensasse.
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O P. avança a olhos vistos. O último grande projecto são os brandais. Motor, electrónica / electricidade, carpintaria e fibra está tudo a andar em movimento acelerado. Não se vê, mas eu sei: estas coisas começam subterrâneas, ou submarinas - é mais apropriado, se bem não goste muito do termo. O P. é para a superfície - e depois nascem de repente, como naquelas gravidezes que ninguém viu, ninguém se não a senhora sabia.
Qualquer dia um gajo acorda e dá por ele a fazer provisões para a largada.
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O Moltabarra não tem televisão mas em contrapartida projecta na parede uma imagem gigante. Paradoxalmente é menos agressivo do que a porcaria do aparelho, porque a imagem é mais terna. Agora estão a passar filmes de gajos a fazer macacadas em bicicletas. Não sei como se chama e interessa-me pouco. Pista de terra, piruetas, mortais, andam pelos ares como aviões; ou anjos, se os anjos forem todos jovens, bonitos e derem entrevistas depois das habilidades.
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Concentro-me nos pintxos, nas senhoras da mesa ao lado, no polimento do casco amanhã e em não poder esquecer-me de pôr as bombas antes de ir para o mar.
Arranjei uma marina mais barata. Não tarda deixo Andratx, finalmente. Para quarta uma bomba ou duas chegam. Depois vou precisar do sistema no qual ando a pensar há não sei quanto tempo: quero ser capaz de fazer face aos primeiros momentos de uma entrada grande de água sem ser pela bomba manual, que é uma aldrabice: imobiliza um tripulante e esgota-o num ápice. Ou seja: um gajo fica com um par de braços e uma cabeça a menos quando mais precisa. A esmagadora maioria das embarcações actuais não está preparada para fazer face a uma grande entrada de água durante digamos quinze minutos. E a verdade é que não custa nada, se não planeamento, dinheiro, trabalho e peças, que é o que me falta.
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O meu amor por Palma está a entrar numa nova fase.
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Esta frio. Não tarda terei de usar mangas compridas e calças, como no Inverno passado.
Que horror. Este Inverno traumatizou-me. Nunca mais um igual ou sequer parecido. (Obrigado, J.)
Onde me ouviria pensar, se pensasse.
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O P. avança a olhos vistos. O último grande projecto são os brandais. Motor, electrónica / electricidade, carpintaria e fibra está tudo a andar em movimento acelerado. Não se vê, mas eu sei: estas coisas começam subterrâneas, ou submarinas - é mais apropriado, se bem não goste muito do termo. O P. é para a superfície - e depois nascem de repente, como naquelas gravidezes que ninguém viu, ninguém se não a senhora sabia.
Qualquer dia um gajo acorda e dá por ele a fazer provisões para a largada.
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O Moltabarra não tem televisão mas em contrapartida projecta na parede uma imagem gigante. Paradoxalmente é menos agressivo do que a porcaria do aparelho, porque a imagem é mais terna. Agora estão a passar filmes de gajos a fazer macacadas em bicicletas. Não sei como se chama e interessa-me pouco. Pista de terra, piruetas, mortais, andam pelos ares como aviões; ou anjos, se os anjos forem todos jovens, bonitos e derem entrevistas depois das habilidades.
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Concentro-me nos pintxos, nas senhoras da mesa ao lado, no polimento do casco amanhã e em não poder esquecer-me de pôr as bombas antes de ir para o mar.
Arranjei uma marina mais barata. Não tarda deixo Andratx, finalmente. Para quarta uma bomba ou duas chegam. Depois vou precisar do sistema no qual ando a pensar há não sei quanto tempo: quero ser capaz de fazer face aos primeiros momentos de uma entrada grande de água sem ser pela bomba manual, que é uma aldrabice: imobiliza um tripulante e esgota-o num ápice. Ou seja: um gajo fica com um par de braços e uma cabeça a menos quando mais precisa. A esmagadora maioria das embarcações actuais não está preparada para fazer face a uma grande entrada de água durante digamos quinze minutos. E a verdade é que não custa nada, se não planeamento, dinheiro, trabalho e peças, que é o que me falta.
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O meu amor por Palma está a entrar numa nova fase.
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Esta frio. Não tarda terei de usar mangas compridas e calças, como no Inverno passado.
Que horror. Este Inverno traumatizou-me. Nunca mais um igual ou sequer parecido. (Obrigado, J.)
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.