Vou dizer-te, mas só a ti: por ti, para ti escreveria rios de linhas, faria como o outro e inventaria palavras que não existem, iria mais longe do que ele e inventaria emoções e sentimentos que nunca ninguém viveu, criaria alfabetos cujas letras se dissessem com as mãos e só com elas, espalhá-las-ia pelos campos, pelas nuvens para que quando chovesse elas te molhassem os cabelos, tão lindos e tu as visses cair, escondida na tua casa atrás das janelas; por ti, para ti, inventaria dicionários, daqueles que só as peles sabem ler e distribuí-los-ia pelo mundo fora, que todos aprendessem a falar as línguas que tão bem falámos, tantas vezes; por ti percorreria as línguas todas do universo e com elas faria uma língua nova, que só tu e eu entendêssemos.
Uma língua de olhares.
Uma língua de olhares.
Maravilhoso
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