"Je suis devant ce paysage féminin
Comme un enfant devant le feu"
É um poema triste, por muito elegante que seja na tristeza mas é nele que penso cada vez que venho ao STP.
Je suis devant ces bateaux
Comme un enfant devant le feu...
É mais preciso, mas não é isso ainda. É assim:
Je suis devant ces bateaux
qui se font choyer, câliner, dorloter,
caresser par des mains habilles et des regards aimants
Commue une gamine dans un hôpital de poupées.
Menos bonito, claro; mas mais descritivo. É exactamente isso. Se pudesse, seria no STP que viveria, a olhar para aquela beleza toda, para os cuidados que centenas de homens e mulheres profissionais e competentes lhe prestam, para o desvelo. É essa a palavra: desvelo.
........,
Se alguém pensar - correctamente - que Lisboa é uma cidade que se esconde, não se dá a ver: venha a Palma. Quanto tempo será preciso para se poder dizer "Conheço Palma"? Isto é, quantas vidas? Estou aqui há um ano, quase sempre no mesmo bairro e ainda não o conheço.
Hoje, por exemplo, descobri uma vermuteria cujo nome é ... não sei, não me lembro. Simplesmente porque decidi ir da Sifoneria à Tasquita por uma rua diferente da habitual. Fui recebido por uma senhora gorda e feia com um som parecido com um rosnido e uma frase que soava vagamente a "o que é que queres?" Quando saí já estava mais amigável, pouco. Pelo menos falava. A última vez que um estrangeiro ali entrou deve ter sido mais ou menos aquando da última invasão de piratas, lá para o século dezoito ou coisa que o valha.
Lamento, señora, mas a partir de agora vai ver pelo menos um estrangeiro muito mais vezes.
........
Há cidades assim, feitas para nos perdermos - que só se abrem a quem se perde por elas.
Há livros que não se deixam reler, porque se lêem sempre pela primeira vez.
Há vidas que não se perdem, porque todos os dias as perdemos e as vivemos pela primeira vez.
Comme un enfant devant le feu"
É um poema triste, por muito elegante que seja na tristeza mas é nele que penso cada vez que venho ao STP.
Je suis devant ces bateaux
Comme un enfant devant le feu...
É mais preciso, mas não é isso ainda. É assim:
Je suis devant ces bateaux
qui se font choyer, câliner, dorloter,
caresser par des mains habilles et des regards aimants
Commue une gamine dans un hôpital de poupées.
Menos bonito, claro; mas mais descritivo. É exactamente isso. Se pudesse, seria no STP que viveria, a olhar para aquela beleza toda, para os cuidados que centenas de homens e mulheres profissionais e competentes lhe prestam, para o desvelo. É essa a palavra: desvelo.
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Se alguém pensar - correctamente - que Lisboa é uma cidade que se esconde, não se dá a ver: venha a Palma. Quanto tempo será preciso para se poder dizer "Conheço Palma"? Isto é, quantas vidas? Estou aqui há um ano, quase sempre no mesmo bairro e ainda não o conheço.
Hoje, por exemplo, descobri uma vermuteria cujo nome é ... não sei, não me lembro. Simplesmente porque decidi ir da Sifoneria à Tasquita por uma rua diferente da habitual. Fui recebido por uma senhora gorda e feia com um som parecido com um rosnido e uma frase que soava vagamente a "o que é que queres?" Quando saí já estava mais amigável, pouco. Pelo menos falava. A última vez que um estrangeiro ali entrou deve ter sido mais ou menos aquando da última invasão de piratas, lá para o século dezoito ou coisa que o valha.
Lamento, señora, mas a partir de agora vai ver pelo menos um estrangeiro muito mais vezes.
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Há cidades assim, feitas para nos perdermos - que só se abrem a quem se perde por elas.
Há livros que não se deixam reler, porque se lêem sempre pela primeira vez.
Há vidas que não se perdem, porque todos os dias as perdemos e as vivemos pela primeira vez.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.