29.6.19

Equilibrista, respectiva vara e tu

Se por acaso um dia nos cruzarmos na rua, reconhecer-me-ás imediatamente: continuo o equilibrista de sempre. Terei nas mãos a longa vara que tinha quando me conheceste. De um lado os quereres, do outro os possos. Ver-me-ás a andar naquela estreita linha, os quereres sempre mais carregados do que os outros.
- Possível é aquilo que queres - explicar-te-ei se te deres ao trabalho de parar para me falar, - menos aquilo que os outros querem.
- Outros? Que raio vêm aqui fazer os outros?
- Nada, justamente.

Reconhecer-me-ás porque te levo sentada mesmo no meio da vara, no seu ponto de equilíbrio, no seu centro de gravidade.

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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.