1.6.19

Ossos ao sol

Sentei-me ao sol numa cadeira em cima da rocha. Não havia um grão de areia ente os raios de luz e os meus ossos: era como ser crucificado por milhares de pregos embebidos numa droga qualquer que não só eliminasse a dor mas acrescentasse prazer, em micro-doses.

Dos ossos a luz transitava directamente para a medula, daí para o corpo todo e depois voltava ao sol, passando pela terra à minha volta. O sol é um dissolvente, o melhor de todos.

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