12.10.19

Diário de Bordos - Palma, Mallorca, Baleares, Espanha, 12-10-2019

O primeiro jantar Ler por aí... de Palma correu para cima de muito bem. Isto é: chegámos ao quorum mínimo (treze pessoas), o músico estava em estado de graça, o leitor leu decentemente, a comida estava boa. Por fim mas não por último ainda consegui ganhar o suficiente para me pagar dois ou três copos no Antiquari, coisa que não parecendo é agradável.

Os donos do restaurante querem mudar o modelo (trabalhar para pagar uns copos no Antiquari não é suficiente para eles), mas a coisa veio para ficar. Quem se vai sou eu. Não deixo filhos, mas deixo eventos culturais. Vá lá, podia ser pior.

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Passei uma hora a procurar guias para a viagem que aí vem. Preparar uma passagem sempre foi uma das coisas de que mais gosto nesta vida. Preparar uma volta ao mundo é outra escala. Uma coisa é certa: pelo menos já não temos de comprar duzentos metros lineares de cartas e cinquenta de guias. Só preciso dos guias e alguns até são em formato electrónico. Mas este foi o primeiro contacto directo com a extensão, a vastidão do projecto.

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A minha bicicleta Panther é grande, pesada, de contra-pedal e - claro - bastante confortável. Desliza suave e silenciosamente pelas ruas e praças de Palma, como se fosse movida por poderosas forças secretas, profundas, invisíveis e me levasse em cima, especial favor feito a esta carcaça que todos os dias ganha em alegria o que perde em agilidade. É uma troca sobre cujo valor estou indeciso, mas que à primeira vista me parece vantajosa.

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Suavidade. Não é só a bicicleta que desliza suavemente comigo em cima. É o tempo, também.

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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.