O filho de puta (peço desculpa aos crentes, mas é o único termo adequado) que coordena estas coisas lá em cima encontrou finalmente maneira de me fazer pagar a felicidade destes dias. As palavras de ordem da casa são: «Energia positiva» e «Tout ira bien». Partilho as palavras de ordem.
Quanto ao resto não garanto.
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Entrou badanal, desta vez com força. Estava no café Antiquari a dissolver as coisas do parágrafo anterior. Telefonei para a marina e disseram-me que está tudo em ordem. Continuei no café Antiquari a dissolver as mesmas coisas. Não se dissolveram, claro - as coisas que precisam de ser dissolvidas não se dissolvem, por natureza.
Peguei num táxi e fui a bordo. Está tudo bem. Não conto isto para mostrar que sou o melhor skipper do mundo. Não sou. Conto para explicar porque gosto deste trabalho mais do que qualquer outro: não é um trabalho, é uma parte de mim. Por acaso, a parte de mim de que mais gosto, mas isso é outra história.
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Bebo Fernet-Branca - uma forma particularmente desagradável de se engrossar, se por acaso alguém quiser saber - e vejo o vento lá fora. "Ver" não é figura de estilo. Vejo-o nas coisas que estão do lado de fora da montra, na roupa das senhoras que saíram para fumar e - sobretudo - vejo-o no casco do meu P. Estou aqui, de regresso ao café Antiquari e estou lá, com ele, aguentado com dois cabos de vinte à proa, a mais de um metro do pontão - e mesmo assim tão perto.
Não há Fernet-Branca, Mount Gay ou o raio que cure isto. A piada está em eu sempre ter dito que nunca quereria ter um restaurante, porque "é pior do que um casamento". Um barco é pior do que um casamento e um divórcio juntos.
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Entrou badanal - no porto e na minha alma. Esperemos que passem depressa, ambos os dois. Um passará depressa, eu sei: amanhã ou depois. O outro, só lá para Janeiro. Inch'Allah.
Inch'Allah, minha querida. Não deixes o filho de puta lá de cima ganhar, está bem?
Quanto ao resto não garanto.
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Entrou badanal, desta vez com força. Estava no café Antiquari a dissolver as coisas do parágrafo anterior. Telefonei para a marina e disseram-me que está tudo em ordem. Continuei no café Antiquari a dissolver as mesmas coisas. Não se dissolveram, claro - as coisas que precisam de ser dissolvidas não se dissolvem, por natureza.
Peguei num táxi e fui a bordo. Está tudo bem. Não conto isto para mostrar que sou o melhor skipper do mundo. Não sou. Conto para explicar porque gosto deste trabalho mais do que qualquer outro: não é um trabalho, é uma parte de mim. Por acaso, a parte de mim de que mais gosto, mas isso é outra história.
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Bebo Fernet-Branca - uma forma particularmente desagradável de se engrossar, se por acaso alguém quiser saber - e vejo o vento lá fora. "Ver" não é figura de estilo. Vejo-o nas coisas que estão do lado de fora da montra, na roupa das senhoras que saíram para fumar e - sobretudo - vejo-o no casco do meu P. Estou aqui, de regresso ao café Antiquari e estou lá, com ele, aguentado com dois cabos de vinte à proa, a mais de um metro do pontão - e mesmo assim tão perto.
Não há Fernet-Branca, Mount Gay ou o raio que cure isto. A piada está em eu sempre ter dito que nunca quereria ter um restaurante, porque "é pior do que um casamento". Um barco é pior do que um casamento e um divórcio juntos.
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Entrou badanal - no porto e na minha alma. Esperemos que passem depressa, ambos os dois. Um passará depressa, eu sei: amanhã ou depois. O outro, só lá para Janeiro. Inch'Allah.
Inch'Allah, minha querida. Não deixes o filho de puta lá de cima ganhar, está bem?
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.