Quando se luta contra o inelutável, sabe-se que se vai perder. Mas isso não nos impede nem de lutar nem de sofrer. Não deixa de ser estúpido, todavia. Não se deve enfrentar o inelutável de frente. Deve-se toureá-lo com mais ou menos graça, como um toureiro lida um touro, provocando-o e tentando esquivar-lhe os cornos. O toureiro sai vivo, quase sempre. Nós também: o que tem de ser tem muita força, mas nós temos ainda mais, não é? «Nous sommes tous des farceurs, nous survivons à nos problèmes», dizia aquele grande especialista das lutas perdidas.
Farsantes nem sempre é o termo adequado. Talvez desgraçados? Tentar vestir a desgraça com graça? Costureiros? Um traje de luzes em cima de um corpo todo esfacelado? Que se lixe. Venha a próxima, cá estaremos para a receber.
Farsantes nem sempre é o termo adequado. Talvez desgraçados? Tentar vestir a desgraça com graça? Costureiros? Um traje de luzes em cima de um corpo todo esfacelado? Que se lixe. Venha a próxima, cá estaremos para a receber.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.