22.2.20

Inferno

Há interstícios entre células, entre estrelas, em tudo o que lhe fica de permeio. Há um interstício entre a memória e a verdade, outro entre o desejo e o amor. Há espaços entre tudo e tudo. Esse espaço não tem nome. É o vazio, o nada, a vida, o que lhe quisermos chamar.

O único que tem nome é o espaço entre a minha e a tua pele. Chama-se inferno, porque não tem fim.

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