A mudança chegou ao fim - ou melhor, a primeira parte dela; amanhã começa a segunda, que é arrumar tudo num apartamento que pura e simplesmente não tem arrumações - e eu estou exausto. Devia obviamente ter seguido o plano inicial, que era fazer isto em três ou quatro dias.
Mas um marinheiro é por natureza o tipo mais pessimista do mundo e sabe que amanhã pode ser pior, de modo se está de bonança não se pára. (É também, simultaneamente e sem qualquer contradição, o mais optimista, mas isso são contas de outro rosário.) De modo lá fiz mais não sei quantas viagens e trouxe tudo para cima. Doem-me os músculos todos, desde os que fazem crescer os cabelos até aos que fazem crescer as unhas dos pés.
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E agora vem aí o helicóptero do dinheiro. Duzentos mil milhões de euros (Espanha). Se estes tipos fossem para a pata que os pôs ela não se queixaria de certeza. E nós tão pouco: ficaríamos muito melhor.
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Enfim, ainda é cedo. Esperemos para ver. Pelo menos uma surpresa já saiu da caixa: António Costa, esse verbo de encher balões furados, não quer decretar o estado de emergência. Até um relógio avariado acerta duas vezes por dia. Aquele "estadista" - juro que já vi pessoas a chamar-lhe isso, estadista (e algumas delas inteligentes). Estadista, António Costa? É como se alguém olhasse para mim e dissesse que eu sou esquimó. Desta acertou. Pena aquele relógio ter um ritmo tão lento. Em cinco anos é a primeira vez que o vejo hesitar antes de tomar uma má decisão (vai acabar por ceder ao Marcelo, aposto dobrado contra singelo. Pelo menos não disse logo que sim ou não teve ele próprio a ideia. Não faz dele um estadista, claro. Não faz nada. Cada um é para o que nasce e lagartixa...)
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Do lado do P.: agora, só trabalho de escritório. Esta é a maior viagem que alguma vez planeei. E a melhor, também: uma volta ao mundo em quatro ou cinco anos, passando por todos os lugares com os quais sonhei desde miúdo (eu e metade daquela parte do planeta que sonha com viagens maritimas). Neste momento estou nas Galápagos, à espera de uma informação para continuar para as Marquesas. Mas ainda vou nas linhas gerais. Agora é começar com as particulares: escalas, datas, regatas em que vamos participar, etc., etc., etc. A quantidade de etc. é infinita.
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Já que estamos no P.: estou a preparar-me para uma travessia em solitário que vai durar mais ou menos dois meses.
Só que não é no P., é no quarto andar.
Mas um marinheiro é por natureza o tipo mais pessimista do mundo e sabe que amanhã pode ser pior, de modo se está de bonança não se pára. (É também, simultaneamente e sem qualquer contradição, o mais optimista, mas isso são contas de outro rosário.) De modo lá fiz mais não sei quantas viagens e trouxe tudo para cima. Doem-me os músculos todos, desde os que fazem crescer os cabelos até aos que fazem crescer as unhas dos pés.
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E agora vem aí o helicóptero do dinheiro. Duzentos mil milhões de euros (Espanha). Se estes tipos fossem para a pata que os pôs ela não se queixaria de certeza. E nós tão pouco: ficaríamos muito melhor.
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Enfim, ainda é cedo. Esperemos para ver. Pelo menos uma surpresa já saiu da caixa: António Costa, esse verbo de encher balões furados, não quer decretar o estado de emergência. Até um relógio avariado acerta duas vezes por dia. Aquele "estadista" - juro que já vi pessoas a chamar-lhe isso, estadista (e algumas delas inteligentes). Estadista, António Costa? É como se alguém olhasse para mim e dissesse que eu sou esquimó. Desta acertou. Pena aquele relógio ter um ritmo tão lento. Em cinco anos é a primeira vez que o vejo hesitar antes de tomar uma má decisão (vai acabar por ceder ao Marcelo, aposto dobrado contra singelo. Pelo menos não disse logo que sim ou não teve ele próprio a ideia. Não faz dele um estadista, claro. Não faz nada. Cada um é para o que nasce e lagartixa...)
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Do lado do P.: agora, só trabalho de escritório. Esta é a maior viagem que alguma vez planeei. E a melhor, também: uma volta ao mundo em quatro ou cinco anos, passando por todos os lugares com os quais sonhei desde miúdo (eu e metade daquela parte do planeta que sonha com viagens maritimas). Neste momento estou nas Galápagos, à espera de uma informação para continuar para as Marquesas. Mas ainda vou nas linhas gerais. Agora é começar com as particulares: escalas, datas, regatas em que vamos participar, etc., etc., etc. A quantidade de etc. é infinita.
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Já que estamos no P.: estou a preparar-me para uma travessia em solitário que vai durar mais ou menos dois meses.
Só que não é no P., é no quarto andar.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.