Às vezes basta uma palavra, uma faísca, um olhar de esguelha, uma vírgula, um acorde musical, a sugestão de um raio de luz entre as folhas de uma árvore, uma planície deitada no olhar por um deus generoso, a luz do nascente a reflectir-se no convés, as curvas arredondadas das montanhas do Jura, o toque involuntário de um antebraço, o sol a brilhar no branco da vaga que a esteira deixou para trás... Tudo tão pouco e daí jorram palavras, sentimentos, a promessa de fixar esse instante para todo o sempre, de o estender até para lá do fim do amor.
Às vezes basta querer encontrar o que não procuraste, o que veio ter contigo sem saber que eras tu, sem tu saberes de onde vem. Às vezes, basta amar.
(Para a A. B., depois de uma conversa sobre números e sentimentos.)
Às vezes basta querer encontrar o que não procuraste, o que veio ter contigo sem saber que eras tu, sem tu saberes de onde vem. Às vezes, basta amar.
(Para a A. B., depois de uma conversa sobre números e sentimentos.)
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.