Desligar o dia. Ou desligar-me do dia? Ele continua, agora feito noite, mas eu prefiro a primeira. Oiço Eleni Karaindrou, folheio os livros que hoje comprei na "livraria" do Rodney (entre aspas porque aquilo não é bem bem uma livraria. Leram aquele livro do Doctorov sobre dois irmãos de Nova Iorque que morreram numa mansão transformada em labirinto de jornais? A história é simultaneamente trágica e linda. Esta livraria é assim, mas sem a tragédia. E os livros não estão sequer desarrumados. Estão acumulados. Rodney diz que estão assim porque ele não se importa: "I don't care".)
Enfim, deu-me para pensar nos preconceitos, no prazer que trocá-los dá, no cuidado que se deve ter ao construir novos e por aí fora. Já ali tinha estado, há pouco menos de dois anos, mas a minha interacção com o homem não foi das melhores e nunca mais lá pus os pés. Agora conheço-o do Abrakadabra e claro, é outra pessoa. Tenho uma certa pena de não ter lá voltado depois da primeira tentativa - na qual não passei da entrada, note-se - mas é pouca. As coisas são o que são e a impressão com que fiquei dele não era falsa. Era só parcial. Agora continua a ser parcial, mas a iluminação mudou para melhor.
Trouxe de lá três livros e não trouxe quatro porque ele se esticou um bocadinho. Fica para a próxima.
Por hoje é tudo. Estou cheio de sono e ou eu ou o dia temos de desligar-nos.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.