25.8.20

Irrelevante

Dias de aspiração cósmica, liposucção da alma, vida nas bordas de um buraco negro. Dou à costa, encalho em mim, bato na parede e como os desenhos animados se põem a escorrer por ela abaixo, eu escorro por mim. Uma palavra é uma palavra, um mundo um mundo, cada um de nós um universo. Bolas de bilhar. Esta imagem, que me irrompeu aos quinze anos nunca mais me abandonou. Continuo sem saber quem maneja o taco, mas tenho uma sorte: a mesa é grande e é azul. O resto é irrelevante.  

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