Comecei por dourar os peitos de frango em lume forte e flambeá-los numa bela porção de kirsch. Enquanto isso, na panela vizinha estrugiam em azeite uma cebola às rodelas e um pimento encarnado, com um fundo de bagas de pimenta rosa. A isso, em devido tempo, juntei dois tomates pequenos cortados aos bocados e um bocadinho de salsa que languescia no frigorífico. Depois de um compasso de espera, vieram umas batatas tanbém elas em cubos.
Deixei que se misturassem bem, polvilhei com «paprika» fumada (entre aspas porque não tenho a certeza de que tenha vindo da Hungria), cominhos (que ao cheiro parecem sublimes), orégãos e uma boa colher de sopa de mostarda Maille à l'Ancienne, a marca e o modelo são importantes. O sumo da flambée juntou-se à festa, eu bebi um absinto (ou dois, vá lá, que absinto deste nem todos os dias me atravessa o estreito, vem das montanhas, etc.), desliguei o fogão e sentei-me a escrever tudo isto.
Agora passamos à mesa, as emoções e eu.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.