Dois reaccionários reencontram-se ao fim de quarenta anos. "Reencontram-se" é inexacto: na verdade cruzaram-se, mas não se conheciam. E "reaccionários" também: pertencem a bordos políticos opostos. O que os une é serem decentes, crerem na essência das coisas. Vêem, é certo, essas coisas de forma diferente mas ambos acreditam no que as sustenta: nos valores, quaisquer que eles sejam. Nos sentimentos, nas emoções, nos sonhos, tão distintos da política. No trabalho. Na importância de se fazer bem o que se faz, incluindo rir-se de si próprios. Na nobreza que nasce e não na que vem de trás. A política é um epifenómeno do fenómeno que é Ser.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.