7.1.21

Lisboa, vestida de cerimónia, diz-me adeus

Que linda estás, Lisboa, toda de luz vestida. Enroupaste-te de cerimónia, hoje. Maquilhaste-te e tudo. Isso foi para mim, não foi? Vestida de luz, parece que vais de festa chic, tu que tão triste tens andado. És uma toca-e-foge, Lisboa. Provocadora. Sabes que me vou embora e vestes-te de rainha, tocas-me com o pé debaixo da mesa, sorris-me esse teu sorriso denso e alaranjado de fim de tarde. Mas quando se trata de passar aos actos, aí desapareces, não é? Dás de frosques. Piras-te. Tocas-me e foges-me há tanto tempo que já nem sei como poderias ser diferente.

Mas diferente será um dia, isso te assevero eu. Levar-te-ei à cama, ao altar, ao hotel. Por esta ordem.

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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.