Onde passam as fronteiras da aculturação? Por vezes penso que é quando se começa a gostar de manteiga sem sal. Não é: há tantas mais fronteiras... A verdade é que a aculturação me é indiferente. Sou de onde estou e faço minha essa cultura. Umas vezes mais depressa, outras mais lentamente.
Continuo, porém, a pensar que tolerância e relativismo são coisas diferentes: a manteiga salgada é melhor e isso não admite dúvidas.
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Os melhores amores e as melhores amizades são aqueles que dispensam palavras, que só as utilizam quando é necessário - indispensável. Quem acredita no poder da palavra devia meditar no do silêncio: é de longe superior.
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Jantar com P. M., armador que se tornou amigo. Bastou uma semana - há dois anos - e nem sequer navegámos. Compreendo que tenho as amizades selectivas. Como os amores, de resto. O acaso não é para aqui chamado. Não tem nada a ver com elitismo: tem a ver com vida e isso é coisa que não se improvisa.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.