Em Paris e em Genebra foram os arabes du coin que nos permitiram fazer compras fora dos horários dementes; em Lisboa, eram os banglas da esquina que me vendiam vinho depois das oito da noite, regra imposta por um palhaço qualquer numa má viagem de LSD; em Palma, janto clandestinamente no restaurante de um colombiano. Nós (e/i)migrantes somos o lubrificante destas sociedades perras de tanta norma idiota, refasteladas na opulência, na «segurança» e no bem-estar (material, que o outro só a psiquiatria e a psicologia o curam) como um paxá árabe nas suas escravas do harém.
(«Janto clandestinamente num restaurante». Sou eu o único a alucinar com isto?)
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.