Gosto de me sentar no Mercat de l'Olivar e ver passar mamas e olhares. Sou mais sensível a estes do que àquelas, mas aprecio os dois (ou quatro, para os mais preciosistas). Gosto de ver um par de olhos bonitos, é verdade; mas o que lhes está por trás é mais importante. Sempre gostei de carinhas larocas, mas também sempre lhes preferi cabeças inteligentes. Das mamas tenho igualmente uma opinião ambivalente: tendo sido feitas (pela evolução) para ser tocadas, olhadas só mostram metade daquilo para que foram feitas. Porém, todas as mamas são bonitas, todos os olhos. Grandes, pequenas, médias, caídas ou levantadas, não há mamas feias, como não há olhos. Só conta o que os sustenta - e não me refiro ao soutien-gorge.
Ou seja: sento-me no mercado a olhar para duas ilusões, enquanto como secretos de porco que são uma delícia (real) e penso no meu P. Verdade seja dita, presentemente o meu cérebro só têm duas divisões: uma para o P., outra para a R. Quando não penso num penso na outra e vice-versa.
O meu alfabeto é tão curto, não é? (E eu tão mentiroso... A Covid tão pouco me larga.)
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