8.10.21

Roupa velha

Soller, 27-10-2021

Os grupos sucedem-se e não se parecem, os charters sucedem-se e são totalmente diferentes. Um dos passageiros partiu uma perna. Passei três horas no hospital de Palma (Soller não tem, o que se compreende porque por estrada está a trinta quilómetros de Palma) e do meu bem amado porto vi raspas. Raspas boas, é preciso dizê-lo: jantar no La Sal, rum no bar da marina. É penoso ver Soller vazio às onze da noite, mas forçoso é reconhecer que é melhor assim, depois da época. Ou antes, em Junho, mas o grupo aponta-me imediatamente um senão: a água está mais fria. Como raramente nado - e quando o faço é pouco, a maioria das vezes para ir ver as obras vivas dos botes - aceito o reparo mas acho-o pouco importante. 

(Isto é mentira - na Grécia começava o meu dia com um mergulho. Não há regra sem excepção, muito menos para quem, como eu, recusa liminarmente o fundamentalismo.)

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A época chega ao fim. Não me posso queixar. Ou posso, mas de mim mas essa é inútil, de tão antiga.

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Soller faz-me lembrar uma mini-Funchal mas mais charmosa, mais doce e nostálgica. 

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