Bom. Isto foi assim: chegámos ontem pouco antes das dez da noite. As lanchas a motor são cansativas e chatas, sobretudo estas pequenas por causa do barulho. Fomos jantar à Cuadra, comer um gelado ao Claudio, beber um copo ao Antiquari. Os meus viacrucis têm pouco de dolorosos e gosto de os partilhar. A. aceitou com entusiasmo e apreciou a picanha da Cuadra. Fiquei a saber de onde vem o nome: os bois eram picados naquela zona. Isto é o que o Dani me disse, não sei se é verdade se não e pouco me interessa.
Hoje vim petiscar ao Minyones, outra das minhas casas aqui em Palma. Tenho muitas, graças a Deus (ou a quem O substitui quando fala com ateus). O almoço foi no Cisco, no mercat de l'Olivar. Esta minha vida tem algumas desvantagens, é certo. Mas se as pessoas sonhassem o bom que é ser capaz de atravessar bonanças e tempestades, viagens e escalas sem duração pré-definida, marés altas e marés baixas, dias de chuva e dias de seca... se as pessoas soubessem o que é bom não ter uma casa mas ter vinte... não ter carro mas ter duas ou três bicicletas...
Enfim, pouco importa. Palma recebe-me de novo, braços abertos e sorriso na cara. Eu mergulho, de cabeça. Fomos feitos para nos entender, esta cidade e eu.
Não é a única, mas pouco importa.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.