Tenho sessenta e cinco anos e trabalho, porque não tenho reforma. Versão um. Versão dois: tenho sessenta e cinco anos e trabalho porque gosto do que faço. É uma diferença do caralho (para rimar, só). Bom, venham noites, venham copos, venham longos e solitários passeios, venham saudades e outras que tais. Venha tudo. Sou o que sou, estou onde estou. Nada a dizer e menos ainda a fazer. Infelizmente não me posso queixar. Sou o que quero ser: bolino com vento contra, ando à popa om vento de popa ou a um largo com ele de través. Mas não fujo ao vento, nunca. Pelo menos enquanto gostar de uma Lua em crescente, como deviam ser todas.
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Jantámos num restaurante chamado Casa do Prego. Dar-lhe-ia um suficiente mais, talvez bom menos. Desta vez conta, porque fui eu que a paguei. Farto que me paguem tudo.
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Ao jantar seguiram-se muitas bebidas no Bon Vivant. Dark and Stormy no limite do aceitável, conversa chata: avaliação dos clientes, já meio grossos. Tenho de parar de dar aulas, suponho. Ou então avisá-los previamente que não sou de paninhos quentes. Aposto que esta última alternativa teria um mercado. Basta ter a paciência que não tenho.
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Vamos passar o dia de amanhã em Lagos. Podia ser pior.
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Vida: amo-te. Mas por favor não te estiques.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.