16.11.22

Floating in space

Exposição de Bárbara Assis Pacheco: mais do que ver, deixar-se submergir, como se estivéssemos numa piscina de água salgada - ou no Mar Morto, já agora. Não se vai ao fundo, mas deixamo-nos flutuar numa água que nos eleva. Faz-me pensar num disco de um grupo chamado Spiritualized, que começa com «Ladies and Gentlemen, we are floating in space». Ali não é bem no espaço que flutuamos, é na sensualidade, no amor (no sentido de «aquilo de que se gosta»). Um amor sólido, nada dessas coisas semi-imersas em pieguice. Um amor que nos eleva: pássaros e úteros. Impossível exprimir melhor a essência da coisa.

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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.