17.12.22

Até amanhã

Qualquer coisa se me escapa das células todas do corpo. Não sei o que é mas sei porquê: para dar lugar ao sono. Talvez seja o dia, os restos do dia, o pó. Não sei. Mas à medida que vai saindo o meu corpo esvazia-se e dá lugar à noite, à benevolenta e apaziguante sonolência com que me despeço de mim. 

Até amanhã, eu.

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