Há uma maneira de gastar dinheiro digna, apaixonante, dionisíaca, catártica, ritualística, exorcizante, simultaneamente profilática e terapêutica, sacrificial: gastar dinheiro como um marinheiro bêbedo. E há a outra, desinteressante, estúpida, desgraciosa: gastar dinheiro como um marinheiro sóbrio.
Um bom marinheiro tenta gastar dinheiro apenas quando está bêbedo. Sóbrio, só compra coisas de que realmente necessita, como chapéus, canetas de tinta permanente e vinho tinto.
ADENDA: um marinheiro bêbedo gasta dinheiro para provar que sobreviveu. Está vivo e pronto para a próxima. Venham mais cinco, qu'ainda não foi desta que fui desta para melhor. Nada a ver com a sobre(sub)vida e respectivos gastos mais planos do que o tampo desta mesa onde o copo de vinho espera, paciente, a minha atenção.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.