No outro dia ri-me, pela primeira vez em muito tempo. Bom, isto não é inteiramente verdade. A primeira parte sim, é: ri-me. A segunda não. O que eu quero dizer é que me ri de uma maneira diferente da dos últimos meses. Um riso em-si, puro, não teleológico: não tinha qualquer objectivo, nem à superfície nem escondido. Tenho andado para escrever isto desde esse dia, mas ando com pouco tempo para escrever. Ontem nasceu a Adriana, é um nome bonito. Hoje fomos almoçar com o PAD, para celebrar os seus setenta anos (foram em Julho, mas só calhou agora). Depois do almoço o T. e eu fomos beber umas cervejas os dois. A mistura de cervejas e filho resultou bem.
Agora estou deitado - escrever na cama substitui frequentemente ler (os leitores agradecem certamente: no telefone escrevo menos disparates do que no computador, sentado a uma mesa). Penso no riso, na Adriana e no irmão Leonardo, na vida que deixei para trás em Genebra, na ou nas que a substituiram. S. está na montanha, de maneira estou sozinho em casa.
Amanhã vou ao mercado de Plainpalais beber um copo de vinho tinto e comprar fruta e depois de amanhã à Suécia buscar um Najad 38 para Cascais, aonde já está o BP, ainda não totalmente isento de problemas mas lá perto. O trabalho no P. prossegue. Gostaria de lá estar, mas as coisas teimam em não ser como deviam ser - isto é, como nós queremos que elas sejam.
Como o meu riso do outro dia. Já não me lembro do que o provocou, mas recordo perfeitamente o bem que me fez.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.