Um labirinto é constituído por:
- Paredes, sólidas;
- Corredores, vazios (ou cheios de ar. Porém, para este efeito - o que buscamos hoje - pode distinguir-se vazio e vácuo).
O sólido das paredes delimita o vazio do caminho. É portanto possível imaginar dois tipos de labirinto: o que já está feito quando nele se entra e o que se vai fazendo a cada passo. Esta noção de que caminhar é criar um labirinto - a cada passo que se dá uma parede avança até ficar ligeiramente à frente da pessoa que caminha, condicionando assim o próximo passo. Mas não tanto que o labirintante - chamemos-lhe assim - não possa mudar de direcção ou entrar num beco sem saída. O caminhante no labirinto que escolheu a opção "Faça você mesmo" engana-se mais vezes do que aquele que escolheu o labirinto já feito: não pode avaliar se o passo que deu o leva mais adiante no labirinto que está por fazer ou se, pelo contrário, está simplesmente a construir uma senda sem saída.
A única coisa que os dois labirintos têm em comum é a saída. É a mesma.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.