Estou a ler um livro absolutamente imprescindível (meço as palavras) chamado Los Peligros de la Moralidad. O autor é Pablo Malo e a editora Ediciones Deusto, Barcelona. Não tenho querido falar muito dele aqui por duas razões:
Isto dito, acabo de encontrar uma passagem, no último capítulo, que me parece necessário mencionar. A tradução é minha, pelo que se lhe deve dar um desconto.
«Sobretudo, deve admitir-se que nenhum dos sistemas funcionais deve ser integrado no sistema social por intermédio da moralidade. Os sistemas funcionais devem a sua autonomia às suas funções individuais, mas também a um código binário individual. Por exemplo, a distinção entre o verdadeiro e o falso no sistema científico ou a distinção entre o governo e a oposição num sistema político democrático. Em caso algum os dois valores de estes códigos podem misturar-se [hacerse congruentes] com os dos valores do código da moralidade. Não queremos que o governo seja declarado bom e a oposição estruturalmente má ou, pior, o mal. Isto seria a sentença de morte da democracia.
Este livro devia ser de leitura obrigatória nas madrassas (perdão, escolas) de jornalismo.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.