É sempre à ideia de rio que regresso. Vai da nascente até à foz, muda e é sempre o mesmo, recebe afluentes e perde-se em meandros, tem água doce, salobra e salgada, cascatas, quedas, margens que ora o oprimem ora o deixam perder-se na vastidão da preguiça, serve de fronteira entre países ou regiões, irriga planícies que sem ele seriam estéreis. Que rio seria, se a vida fosse um rio? Amazonas? Congo? Nilo? Zambeze? Mississipi? Ou um desses pequenos rios de província que começam e acabam sem história, cuja grande utilidade é lavarem a roupa as lavadeiras, entre duas coscuvilhices?
É sempre ao rio que regressamos. É sempre em nós que o rio desagua.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.