Voltemos então ao princípio da história: comprei queijo (camembert e brie), manteiga da Bretanha, daquela que é metade sal e metade natas. Comprei também pão e vinho tinto (Bergerac, tem a vantagem de não piorar se for bebido fresco). Tudo isto no Leclerc, o supermercado mais barato da ilha, ao que leio e vejo (se bem a minha amostra seja insuficiente para dizer «da ilha»). A carne que tirei do congelador de manhã vai ficar para mais depois. Acresce que chegado a bordo vejo que o camembert está no ponto certo, quase quase igual ao que há alguns anos comprei na rua Daguerre, em Paris e comi no quarto do hotel. Ninguém imagina o que um bom camembert pode fazer pelo trajecto que vai das papilas gustativas às sinapses. (O brie é Président. Sem comentários). Há, porém, aqui, alguns desacertos: nem cheguei a abrir o vinho para acompanhar os queijos. Estava com demasiada fome e mal cheguei saltou-me um planteur do frigorífico e olha, ficou para o almoço. Há mais desacertos? ¡Qué vaya! São insignificantes e não merecem sequer menção.
O Leclerc fica no centro comercial La Galleria (sic), uma daquelas coisas absolutamente execráveis, enorme, aonde sinto que serei obrigado a voltar muitas vezes. O próprio supermercado é abominável. Para se encontrar o que se quer percorre-se um interminável labirinto cheio de coisas de que não se precisa - a única vantagem, no caso deste, sendo que o Minotauro à saída não é muito feroz. Enfim, as minotauras, as caixas são monopólio das senhoras.
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Retomo com vigor a luta contra o TCA (Terminal de Contentores de Alcântara). É muito pouco provável que ganhe - enfim, é impossível - mas não me rendo sem luta. Não sou um patriota por aí além - se fosse não teria vivido fora do país a maior parte da minha vida - mas suporto melhor a estupidez alheia do que a nacional. Talvez esta seja uma boa forma de amor pela pátria, não?
Talvez fosse preciso é convencer uma equipa de futebol dessas grandes a apadrinhar o projecto. Talvez assim este povo tão simpático quanto apático se mexesse e se apercebesse do horror que a CML e a APL estão a preparar. E não é só um crime de lesa-Lisboa. É o país todo que fica prejudicado.
Talvez fosse preciso é convencer uma equipa de futebol dessas grandes a apadrinhar o projecto. Talvez assim este povo tão simpático quanto apático se mexesse e se apercebesse do horror que a CML e a APL estão a preparar. E não é só um crime de lesa-Lisboa. É o país todo que fica prejudicado.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.