Aparece-me no FB um anúncio de gravatas "feitas à mão" e imagino imediatamente uma vida feita à mão, como a minha. Descanso no beliche antes de ir para o Marin, penso na quantidade de horas que hoje trabalhei - e descansei, os dias já não são o que eram, nem os dias nem a carcaça - penso em tudo o que me falta fazer, é cada vez menos mas ainda é muito, penso em vidas como esta, bordadas em ponto cruz [intervenção de uma especialista bem vinda], feitas à força de braços, de copos, de livros, de ventos, de mar e digo-me:
- Que bela gravata isto tudo daria!
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.