Em Fort-de-France há sítios (bares, cafés, restaurantes) maus e caros e sítios bons muito caros. Estou aqui há mês e meio, notoriamente insuficiente para se conhecer uma cidade e como amanhã vou para o Marin é pouco provável que a situação mude: permanecerá uma desconhecida. Não consegui substituir as velhas referências por outras novas. Da memória sobrevive apenas o L'Impératrice, aonde hoje regressei. A direcção do hotel enviou-me um pedido de desculpas que para mim fechou o assunto. Para o idiota do empregado creio que não mas esse problema é dele e infelizmente não o posso ajudar.
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Último dia nos Z'Abricots. A marina é porreira, o pessoal impecável, os vizinhos uma simpatia; mas está longe de tudo e com excepção de dois restaurantes (categoria muito caros) não tem nada. Relativamente perto há um pequeno Carrefour, duas lavandarias - uma das quais de auto-serviço - e mais duas ou três lojas aonde nunca entrei. É preciso um carro para tudo. A minha ideia de ir viver para o campo sofreu um forte abalo.
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Da outra lavandaria veio hoje a roupa da cama, lavada e a cheirar bem. O camarote ficou assim também: lavado e a cheirar bem. Chateei-me com as senhoras porque o preço foi outra vez diferente, mas desta vez não lhes escrevo. Amanhã vou-me embora. Que se lixem. A verdade é que a roupa veio limpíssima e isso chega-me.
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Fevereiro passou a galope. Amanhã é Março e depois de amanhã Abril. Amanhã ao fim do dia vou a Palma. Depois de amanhã atravesso para Lisboa. Se Deus existisse teria decerto a simpatia de me fazer os dias assim, todos curtos, todos a galope.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.